sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Nossa Língua


APRENDER A ESCREVER É APRENDER A PENSAR.


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·  Aprender a escrever é em grande parte aprender a encontrar idéias e concatená-las. Assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou.
·  Um aglomerado de frases desconexas, mal redigidas, mal estruturadas, um acúmulo de palavras que se atropelam sem sentido e sem propósito, frases que procuram fundir idéias inexistentes ou que foram mal pensadas ou redigidas é comumente o resultado de muitas redações. Isto porque não podiam dar o que não tinham, ou seja, "palavras em forma de dicionário".
·  Desde que se aprende a pensar, a como associar e concatenar palavras, fundindo-as em moldes frasais adequados, o estudante tem algo a dizer. Sua expressão é geralmente satisfatória.
·  Há evidentemente um mínimo de gramática indispensável (grafia, acentuação, pontuação, um pouco de morfologia e um pouco de sintaxe), mínimo suficiente para permitir que se adquiram certos hábitos de estruturação de frases modestas, mas claras, coerentes, objetivas.
·  A experiência nos ensina que as falhas mais graves das redações resultam menos das incorreções gramaticais do que da falta de idéias ou da má concatenação.
·  Escreve realmente mal quem não tem o que dizer. Não lhe bastam as regrinhas gramaticais, nem mesmo o vocabulário de que possa dispor. Portanto, é preciso fornecer-lhe os meios de disciplinar o raciocínio, de estimular-lhe o espírito de observação dos fatos e ensiná-lo a criar idéias: ensiná-lo, enfim, a pensar.
(In, Othon M. Garcia, Comunicação em Prosa Moderna).

. Leia com atenção o tema proposto. Não corra o risco de receber uma nota baixa por ter se afastado do tema.
2. Planejar ajuda a desenvolver o raciocínio. Defina sua idéia central, seu objetivo, estabeleça uma linha de argumentação e uma conclusão.
3. Evite usar letra de forma, que dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia - legível e sem floreios - e limpeza são fundamentais. Não se esqueça dos pingos nos "i": não vale usar bolinhas no lugar deles.
4. Não comece com períodos longos, exponha logo suas idéias. Não use expressões como "eu acho", "eu penso" ou "quem sabe", que mostram dúvidas em seus argumentos.
5. Seja claro: evite usar palavras difíceis que possam prejudicar a compreensão de seu texto. Tenha em mente que sua redação deve se destacar pela unidade, clareza, coerência e concisão.
6. Seja simples: não use palavras de cuja grafia você não tenha certeza. Em dissertações, não use gírias - elas não fazem parte da norma culta da Língua Portuguesa.
 

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